
QUANDO NÃO SOMOS NÓS
Oh emoção, quão cruel tens sido
De mim a verdade tens omitido
Dizes que sentir é tudo
Mas sinto que o tudo é vazio
Por ser demais não cabe em lugar algum.
Mentistes quando falastes que ocupavas meu coração
Devaneio, esse músculo disforme teima contra meu peito
Pulsa descompassadamente, embaraça minhas palavras
Chega e me expõe ao ridículo.
Ridículo me tenho, quanto ridículo me sinto
Já que sentir é próprio mas também impróprio
Entender imaginar, sonhar...
Muitas vezes não é só ai que quero ficar?
Se de sonhos tenho que me alimentar!
Sonhos tão reais possíveis de tocar
Sentir e morrer…
Não sei se quero sentir…
Mas sei que sentir é muito,
As vezes pouco…
Ou nada...
Ou nada...
Edilandio Angelim

SONHO DE MENINO
Quando menino de calças curtas,
Quando menino de calças curtas,
olhava a janela e via o mundo passar:
via crianças que brincavam,
pessoas que transitavam,
queria saber o que sentiam,
queria saber como viviam.
Hoje sei como brincam as crianças;
Angustiado sei como vivem os adultos.
Edilandio Angelim
tEMpó
Coisas acontecem,
Umas são ocasionais,
Outras importantes,
Outras essenciais.
Umas aos poucos vão se dissipando com o tempo,
Outras levam tempo para se dissipar,
Mas tem umas que nem o tempo vai apagar.
Acredito na eternidade das coisas importantes,
Acredito na importância daquilo que se quer eternizar.
Se você escolher um lugar especial para guardar,
E jamais esquecer de cultivar,
Como o amor,
Nunca vai acabar.
Algumas verdades contidas,
Outras vividas,
Sonhos protelados
Sentimentos ávidos por mais tempo
Tantas coisas não ditas, outras malditas...
Palavras que nunca vão dizer em si,
Cada um; um em muitos
Cada um; um em muitos
Cada um; um em poucos
Algumas vezes cada um; só um.
Espaços, vidas, tempos, histórias...
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