segunda-feira, 5 de dezembro de 2011



Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
Portanto, meus amados, fugi da idolatria. (I Cor. 10:13-14).

Final de campeonato, o que poderia ser mais uma final, onde a comemoração, “que acho desnecessária, pelo menos para nós que na realidade nada ganhamos”, passa a ser provocação, idolatria. A prova disso está no desrespeito a quem perde, nos beijos as bandeiras, coisa que não fazem com as esposas nem com os filhos, aos 90 minutos, onde lagrimas, risos, socos, pontas-pé, e outras coisas que prefiro não citar aqui. A passeata é mais ensandecida que muitas procissões que já vi, o fervor ao andor simbólico é extasiador, as discussões acalorada e a té violentas.

Se isso não é idolatria, não sei o que é!

Sem dúvida, alguns vão defender, é a paixão brasileira! Pena, ser uma paixão tão infrutífera, que acaba com o final do jogo, mas continua em nós como se algo de bom nela existisse. Os jogadores naturalmente têm muito o que comemorar, se fosse a alguns anos, onde se jogava por esporte e não era uma profissão para alimentar cartolas e facilitar lavagens, eu até entenderia, mas agora??? Seria realmente amor a camisa ou ao colarinho, de preferência branco?

Não contesto a alegria de ver seu time ganhar, mas me angustia a paixão nacional ser são infrutífera; queria ver essa raça para defender direitos, para protestar contra a miséria, para defender os que nada tem e a quem não pode se defender...

Como tenho certeza que nada sei, mas sei o que sinto, e isso talvez seja alguma coisa, posso concluir com o final do texto de “corrintos” 10:14 “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”... acrescento, salve o nosso direito de dizer o que podemos, mesmo sabendo que é pouco, muito pouco...

Edilandio angelim

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente.

Sábias Palavras