quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Para esse Natal


Parabenizo e agradeço aos envolvidos e comprometidos que preenchem suas parcelas no desenvolvimento dos processos evolutivos dessa vida; mas também me entristeço com os demais que negligenciam sua postura humana e profissional. Não importa quem, e menos ainda onde, afinal, uma construção tem que ter base, estrutura e cobertura, regras simples, mas pouco entendidas num mundo que se diz competitivo e globalizado, mas descuida dos princípios da organização pessoal, do equilíbrio individua, e do apego a partilha.

Quando ignoramos as necessidades alheias, esquecemos que a lei do retorno é implacável, e principalmente que não existem crimes perfeitos, a própria consciência uma hora dessas vai despertar, e teremos que encarar suas recompensas ou castigos.

Ao me deparar com os transeuntes dessa vida, me entristeço ao ouvir o quanto se tem para reclamar, mais ainda em saber que nunca se é responsável pelo que se tem.

Fala-se muito em mudanças, mas sinto que muito do que é dito, fica só pelo não dito, sem efetivar-se na mente, no coração e na prática. Apatia, descaso, e até falta de respeito com tudo que parecemos acreditar.

Tento me conter e me engano achando que isso é natural e humano, mas retomo, e vejo que não somos mais crianças insatisfeitas que batemos o pé, e berramos, pois as coisas não são como queremos. Esquecemos ai nossos compromissos que são nossos, mas que não assumimos suas individualidades, e como esperamos que alguém faça o que é certo, alguém também nos espera.

Nesse jogo de empurra-empurra, a poluição aumenta, a violência cresce, as famílias se desfazem, os sonhos são virtuais e a realidade não passa de um simples: não é problema meu, mas o que nos aguarda, aqui e lá fora, é resultado puro e simples de tudo o que construímos, não do que acreditamos...

Quantos natais, você já tem, quantos anos novos se passaram, quantas promessas pessoais e para com os outros foram feitas, quantos próximos anos novos teremos para repetir, sem refletir, e novamente, começar um novo ano com tudo velho; velhos hábito, velhos vícios, sorrisos velhos, restando de novo, só a velha esperança, que não morreu, mas está em coma desde o dia em que Papai Noel feneceu, e nós tristemente deixamos de ser criança.

Como eu queria todos os dias, a eternidade de um sorriso natalino, a candura dos abraços das viradas de ano, não nos importando a quem abraçamos e cumprimentados nas praças de Reveillon.

Proponho que não mais façamos promessas, mas efetivemos compromissos, que não nos abarrotemos de possibilidades que saturem nossos sonhos, mas na integridade de poucas palavras possamos dizer sem medo de ser feliz, esse será o ano em que farei valer cada palavra e pensamento positivo, pois mais que querer, serei o fazer, mais que esperar, viverei o acontecer. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Não apenas deseje nem queira um feliz natal e um próspero ano novo, perpetre...

Edilandio Angelim