quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A cura

São muitas as epidemias que assolam o mundo, mas a que verdadeiramente me deixa profundamente triste, é a da burrice.
Talvez pareça grosseira essa expressão, mas antes de julgar, entenda de que falo. Não falo daqueles que por ignorância escutam e dançam o creu, nem daqueles que rebolam ao som do vai cachorra, muito menos pelos cantores (se é que podemos chamar assim) que são lançados, e se lançam Deus sabe em que direção. Não estou falando dos muitos que se drogam, pois não acharam rumo, sentaram a margem e não sabem para onde ir, dos emocionalmente frustrados, pois não fazem escolhas, nem podem, foram domesticados, e sonham com dias melhores, só sonham, menos ainda
dos sem vida, que rejeitaram a honestidade, e seguem livres dentro de suas grades pessoais, dos que abusam do silencio por não saber o que dizer, nem dos que choram, pois o sorriso para eles custa um momento de coragem.
A epidemia da qual eu falo, chamasse ausência de sabedoria, a distância da cura para a humanidade banida e desprovida de sentimentos próprios. Da insegurança que o não saber nos trás, das incertezas contidas na complexidade de um sorriso insincero, na dificuldade de sentir que somos na essência iguais, mas nos tornamos diferentes pelos rumos escolhidos, seja por nós, seja pelos outros. Por não sabermos que a sabedoria é a bússola que nos dá o rumo certo, que é ela o golpe fatal na miséria humana, que é a maior riqueza que um homem possa ter, que ela supera o conhecimento e a própria inteligência, pois está ligada a Deus, e os simples e humildes são possuidores dela.
A sabedoria é um motor que move as decisões precisas, é um dom que se trabalha e lapida dia após dia, que não está ligada ao ter, mas fortemente cravada no ser.

A sabedoria é uma criança feliz e sorridente que precisa ser alimentada com verdade e amor, é um propagador poderoso que nos faz amar a todos independente do que somos ou sentimos.
A sabedoria reflete você no outro, e o torna semelhante, descarta cores, poder, padrões, religiões, e nos coloca diante de Deus como somos. É a janela que vislumbramos dentro de nossas limitações, mas também é a porta para a liberdade interior.
Esperança sem sabedoria é ância, amizade sem sabedoria e ausência, liberdade sem sabedoria é inferno, Deus sem sabedoria é vazio, a vida sem sabedoria é morte.

Um comentário:

vera disse...

O homem sábio é aquele que acredita e entende os ensinamentos de Deus.